Os idosos e seu Estatuto



Hoje, vamos ler o que uma cuidadora tem a desabafar:
“Claro que eu não sou paga para tomar conta da família de dona Izabel! Sou sua cuidadora e acabo sendo também a doméstica da casa, pois o filho não contratou ninguém e quem também arruma a casa, faz a comida e ainda lava e passa as roupas sou eu. Agora também tenho que ficar preocupada com o pouco caso da filha, que mora no sul do país e que pouco vem ou telefona para saber como está a mãe; ou do filho, que mora em nossa cidade, mas que vem só no início do mês, para trazer a compra de supermercado, pagar as contas e trazer meu salário. Só.
Deixe me apresentar: meu nome é Sebastiana, sou cuidadora a cinco anos de dona Maria Izabel, uma boa senhora de 87 anos, que não me dá trabalho nenhum. Acamada pela doença de Parkinson avançada, minha patroa também já não conhece mais as pessoas e o doutor acha que tem aquela doença de Alzheimer junto. Repito, ela não me dá trabalho algum. A rotina é puxada, com remédios na hora marcada, banho na cama, alimentação especial para não engasgar, fazer companhia para ela e cuidar da casa. Na verdade, moro com ela e minha casa acaba sendo aqui também. Sou viúva e tenho uma filha casada que me ajuda, quando preciso fazer alguma coisa na rua ou ir ao médico para controlar minha pressão e meu diabetes. Acho que ainda tenho muita saúde, apesar dos meus 66 anos!
Voltando para minhas queixas, não é a dona Izabel que me traz preocupação, mas a maneira de como os filhos tratam a mãe. O rapaz, que é advogado, como disse, só vem no começo do mês, com aquele ar de preocupação com a saúde da mãe, traz as compras de supermercado, pergunta como ela está, fala algumas palavras de carinho que ela não dá atenção, pega as contas para pagar, traz meu salário mínimo e vai embora, em menos de 20 minutos de visita. Para aparecer só mês que vem. Uma vez, o vi conversando com a irmã no telefone, dizendo que ela precisa aparecer mais, que ele não tinha obrigação de cuidar da mãe sozinho e cuidar também de todos os seus interesses. Interesses… Para uma viúva que ganha pensão do falecido marido oficial militar, o dinheiro daria para pagar mais pessoas para minha ajudar e ainda para contratar um fisioterapeuta que tanto o geriatra pede e o filho diz não ter condições. O que será que o filho faz com este dinheiro?
Para terminar os meus lamentos, outro dia conversei com o filho sobre a possibilidade de me dar umas férias, pois precisava viajar para ver minha irmã mais velha, que mora no sul de Minas, e que também está muito doente. Ele disse que ia pensar no assunto, mas me adiantou que está muito difícil arrumar uma pessoa de confiança como eu, que morasse na casa. Também alegou que precisava da ajuda da irmã para conseguir contratar outra cuidadora, pois o dinheiro nunca dava para cobrir todos os gastos.
Meu genro fica fulo da vida, quando a gente conversa sobre isto. Disse que o descaso da família de dona Izabel é caso de polícia! Até falou num tal de estatuto do idoso, mostrando que é obrigação dos filhos dar amparo aos pais na velhice, etc e tal. Quanto a mim, falou como se fosse uma intimação: “Se a senhora não puder tirar férias e viajar para ver sua irmã, eu mesmo vou à justiça do trabalho ver os seus direitos!” Meu Deus, que confusão! O que me dói só de pensar é quem ficará com a coitada da dona Izabel, que não tem culpa de nada. Fico com remorso em deixá-la com uma pessoa desconhecida e viajar tranqüila. Ai, minha Nossa Senhora, o que é que eu faço?”

Então, caros internautas, o que acham? Os abusos contra idosos podem não ser de maneira velada ou expressada em atos de violência. Muitas vezes é sutil, quase imperceptível. Outras vezes, como mostrado nesta história de dona Sebastiana, acontece o descaso com a mãe e com a cuidadora, simultâneamente! Você acha que a atitude do genro de dona Sebastiana está correta? Você conhece o Estatuto do idoso? Qual é a sua opinião sobre as atitudes dos filhos de dona Izabel?
Dê sua opinião, faça seu comentário abaixo!
RAP DO IDOSO
Rap foi feito por Dona Teresinha, traduz numa linguagem muito atual, a essência do Estatuto do Idoso.

Fonte:http://www.cuidardeidosos.com.br/os-idosos-e-seu-estatuto

Em busca da afetividade perdida



Mesmo debilitados devido ao peso dos anos ou dependentes e acamados devido às doenças, a saudável condição física e emocional de meus pais foi sempre alvo de elogios. Aonde quer que os levasse, hospitais, consultórios, praças públicas, shoppings, as pessoas que encontrávamos (desde profissionais da área de saúde a estranhos transeuntes) faziam questão de nos abordarem para expressar sentimentos de apreço diante do que viam.
Emocionada, sentia-me grata e orgulhosa por vê-los atrair a atenção e o carinho de tanta gente! Entretanto, algo me inquietava: havia um tom de espanto, como se fosse algo extraordinário estar diante de nonagenários bem asseados, bem alimentados, com pele íntegra e com brilho no olhar, apesar das condições patológicas. Muitos abraçavam a mim e a minha mãe com lágrimas nos olhos enquanto diziam com vozes embargadas: “que coisa linda! Deus as abençoe!”
Intrigada, porque nunca senti que estivesse fazendo nada de excepcional, quando médicos mais amigos teciam algum comentário desse nível, passei a debater com eles essa sensação de inquietude que me invadia. Ouvi então discretos depoimentos que, resumidamente, me inteiravam de que a grande maioria dos pacientes idosos por eles atendidos está sempre entregue aos cuidados de terceiros, sendo muito raro e dificultoso o contato com algum familiar dos mesmos. Os resultados disso são visíveis: pacientes depressivos, mal nutridos, desidratados e mergulhados em graus de dependência física que não condizem com as condições patológicas apresentadas.
O pior disso tudo é que as diversas situações não podem ser enquadradas como casos de abandono, de negligência ou mesmo de maus tratos: os idosos estão lá, no conforto da casa deles e com pessoas contratadas para os devidos cuidados. Mesmo aqueles que têm algum familiar morando com eles são condenados ao ostracismo: geralmente restritos ao quarto ou poltrona na sala de visitas não são estimulados a participar de conversas ou expressar seus sentimentos ou opiniões.
E assim histórias e mais histórias acontecem desde sempre e se repetem pelo mundo afora. Os direitos humanos, as cartas magnas das nações, os estatutos sejam do idoso ou da criança e do adolescente, são meras palavras escritas num papel sob a menção honrosa de ter força de lei… Mas mesmo supondo que tais leis serão cumpridas pelo receio às punições previstas caso venham a ser desrespeitadas, o afeto, a fraternidade, o amor por nós mesmos refletindo-se no amor pelo outro jamais poderão ser obtidos pela força de nenhuma imposição.
A ciência avança em suas pesquisas e vai descobrindo meios de aliviar o sofrimento ou curar o corpo debilitado por doenças, acidentes ou até mesmo corrigir os efeitos ‘antiestéticos’ do envelhecimento; a tecnologia avança permitindo uma maior proximidade entre os indivíduos e oferecendo meios para que se tenha mais conforto e tempo disponível para usufruir do prazer de viver…
Entretanto, cada vez mais não sobra tempo… Cada vez mais as pessoas vivem isoladas e prisioneiras do medo da violência intensificada em todas as camadas sociais… Cada vez mais a morte de jovens se alastra pelo mundo afora, restando aos velhos enterrarem seus filhos e netos enquanto, sob o peso da idade, sofrem os atropelos impostos por todos os segmentos de uma sociedade que quando não os abandonam à própria sorte, os mantêm afastados de toda sua complexa dinâmica de relações. Paradoxalmente, segundo pesquisas mais atuais, mesmo vivendo de parcas aposentadorias, são eles que atualmente se destacam como mantenedores da sustentação econômica da família, uma vez que os filhos adultos – seja pela escassez de empregos, seja pelas condições econômicas deficitárias, seja por mortes prematuras – continuam na dependência financeira dos velhos pais para criarem os próprios filhos e tocarem adiante as próprias vidas.
Estamos sempre dispostos a julgar e condenar os outros mas nunca admitimos a nossa parcela de responsabilidade sobre tudo o que acontece, como se a sociedade fosse uma entidade autônoma que atua sem a nossa participação, sem a nossa conivência. Excluímo-nos sempre quando algo nos choca e desagrada, entretanto, seja por omissão, indiferença ou ação direta, cada um de nós alimenta e torna possível o funcionamento de toda uma engrenagem que repudiamos e sob a qual nos sentimos sufocar.
Há um imensurável buraco na teia do sistema que sustenta toda essa engrenagem social. Há um profundo abismo sob os pés da humanidade que parece precipitar-se às cegas numa corrida desenfreada rumo… a quê? Só o tempo dirá, se ainda (para o Homem) tempo houver…
Fonte:http://www.cuidardeidosos.com.br/

Fernando Pessoa, o Brasil e os idosos



Álvaro de Campos, uma das fragmentadas faces do eterno Pessoa, declara em Tabacaria: “Fiz de mim o que não soube. E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, já tinha envelhecido…”
No dia primeiro de outubro, comemora-se o Dia Internacional e Nacional do Idoso. Também foi em primeiro de outubro de 2003, que o Presidente Lula sancionou a lei 10.741, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso. Dito isso, podemos tirar algumas lições sobre o envelhecimento de nossa população, já que o IBGE afirma que já somos 21 milhões idosos, no Brasil. Lembrar que em 1990, éramos apenas 9 milhões idosos, portanto dobramos o número de idosos em apenas 20 anos!
O envelhecimento é uma conquista e uma realidade de nossas cidades. O que é lastimável, o que é triste, percebe-se nas campanhas para eleição desse ano: o idoso não é pauta de campanha e nem promessa sequer. Nada que refira à atenção de sua qualidade de vida, nada que refira às políticas públicas de saúde, nem uma frase que expresse a preocupação em proteger o idoso e fazer valer a letra ainda “morta” do Estatuto do Idoso.
Os idosos são responsáveis por 1/3 de tudo que se gasta em saúde e doença neste país. Só que a saúde do idoso é diferente da saúde do adulto e da criança. Os nossos futuros médicos estão saindo das faculdades sem aprender um conjunto de habilidades mínimas: não sabem prescrever medicamentos para os idosos, não sabem avaliar a capacidade do idoso de cuidar de si próprio, não reconhecem, nos idosos, as apresentações atípicas de doenças comuns, nada sabem sobre prevenção de quedas e não aprendem a trabalhar em conjunto com profissionais de saúde de áreas afins.
O futuro do envelhecimento começa no presente e não temos muito para oferecer aos nossos 21 milhões de idosos. Temos pouquíssimas faculdades que oferecem a disciplina de geriatria, raros centros de referência de saúde do idoso, não temos como assistir com dignidade, principalmente, os nossos idosos mais dependentes (leia-se Alzheimer, Parkinson, AVC e cuidados paliativos). A tragédia tem data marcada: em 2030, o Brasil terá, certamente, mais de 35 milhões de idosos!
Resta-nos repetir Fernando Pessoa, em seu leito de morte, ao escrever sua última frase (em inglês): “I know not what tomorrow will bring”…“Eu não sei o que o amanhã trará.”
Fonte: 

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Sexualidade




Quem disse que idoso não pode ter vida sexual? Pelo contrário, não só podem, como devem. Sexo na terceira idade pode ser um aliado ao bem estar
E na hora do sexo também é importante se prevenir das Doenças Sexualmente Transmissíveis com o preservativo. 
Em 2008, a Campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Aids teve como público-alvo a população heterossexual com mais de 50 anos de idade. A escolha desse público ocorreu por conta da incidência de aids praticamente ter dobrado nessa população nos últimos dez anos (de 7,5% em 1996 para 15,7% em 2006).

Dados de um estudo revelam que as pessoas acima de 50 anos de idade têm uma vida sexualmente ativa, 73,1% fez sexo no último ano e apenas 22,3% usaram preservativo na última relação, ao contrário da população de 15 a 24 anos, onde 57,3% usaram na última relação. A Campanha Clube dos Enta, que tem como slogan “Sexo não tem idade. Proteção também não”, trata de assuntos ligados à relação sexual, como o uso do preservativo, além de oferecer dicas para melhorar o sexo depois dos 50. 

Violências e acidentes


As quedas representam 61% e 14% , respectivamente de uma amostra com 3.209 atendimentos de idosos vitimas de violências e acidentes. 
Dados de 2007, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde revelam que as quedas e os acidentes de trânsito foram as principais causas de atendimentos notificadas em serviços de urgência e emergência durante o inquérito Viva. Elas representam 61% e 14% , respectivamente de uma amostra com 3.209 atendimentos de idosos vitimas de violências e acidentes.

“Esses percentuais são considerados altos e revelam apenas a ponta do iceberg, pois ainda há subnotificações. Os dados revelam apenas os casos graves, que chegam aos hospitais de urgência e as lesões leves e moderadas, muitas vezes não chegam ao pronto socorro”, comenta a coordenadora da área técnica de Vigilância e Prevenção de Violência e Acidentes, Marta Silva, do Ministério da Saúde.

Hoje os casos de violência doméstica, sexual, auto-provocadas e outras violências cometidas contra pessoas idosas são obrigatoriamente notificados pelo Vigilância de Violências e Acidentes (Viva). Uma rede formada pelos serviços municipais, informa às secretarias estaduais de saúde, que por sua vez notificam o Ministério da Saúde sobre os casos.


A partir das notificações, o Ministério da Saúde, compila as estatísticas e constrói ações de prevenção e promoção da saúde. Por exemplo, no trânsito, os acidentes com idosos acontecem principalmente com pedestres (36%), bicicletas (16%), automóvel (15%) e motocicleta (14%).

Os tipos de violência contra idosos, mais comuns notificados pela vigilância são: 92% física e 20% psicológica. Dentre o perfil dos agressores em 34% das vezes é um familiar. A rede Viva articula-se com 255 Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde (NPVPS), sendo 216 secretarias municipais de saúde, 21 secretarias estaduais , 16 instituições acadêmica e 2 ONGs. A idéia é fazer ações de prevenção, com bases nas estatísticas geradas. 

Caderneta de Saúde



A caderneta de saúde da Pessoa Idosa foi criada em 2007 e desde então é entregue às Secretarias Estaduais de Saúde e municipais. Até o final de 2010 serão distribuídos na rede pública 13 mil livretos como esse no país todo

Em posse dela, o paciente terá registrada informações importantes sobre sua saúde, tais como controle de peso, glicemia e medicação utilizada.
“Esta é uma ferramenta de identificação de situações de risco potenciais para o idosa. Por exemplo, deve-se registrar se o idoso caiu alguma vez no ano. Se ele caiu mais de uma vez, é preciso planejar e organizar as ações de promoção, recuperação e manutenção da capacidade funcional”, explica Luiza Machado, coordenadora da área técnica de Saúde do Idoso.
A implantação da caderneta, que se deu inicialmente a partir das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF), foi acompanhada por um manual de orientação, voltado para os profissionais de saúde para o correto preenchimento e manuseio da caderneta.
Obs:Os municípios com população inferior a 500 mil habitantes deverão reporta-se a Secretaria Estadual de Saúde para obtenção das Cadernetas de Saúde da Pessoa Idosa. 


Alimentação 


- Faça pelos menos três refeições e dois lanches por dia. Não pule as refeições.
- Inclua diariamente seis porções de cereais (arroz, milho, trigo, tubérculos – batata, raízes, mandioca, aipim - e massas) nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma natural.
- Coma pelo menos três porções de legumes, verduras e três porções ou mais de frutas.
- Coma feijão com arroz todos os dias ou pelo menos cinco vezes por semana.
- Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes (boi, aves, peixes ou ovos). Retirar a gordura aparente das carnes e pele das aves na preparação dos alimentos.
- Consuma no máximo uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina.
- Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e guloseimas, coma-os no máximo duas vezes por semana.
- Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa.
- Beba pelo menos dois litros de água por dia (6 a 8 copos). Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
- Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.
Fonte: 

Saúde do Idoso


São diretrizes importantes para a atenção integral à saúde do idoso:
1) promoção do envelhecimento ativo e saudável;
2) manutenção e reabilitação da capacidade funcional;
3) apoio ao desenvolvimento de cuidados informais.
O envelhecimento ativo e saudável consiste na busca pela qualidade de vida por meio da alimentação adequada e balanceada, prática regular de exercícios físicos, convivência social estimulante, busca de atividades prazerosas e/ou que atenuem o estresse, redução dos danos decorrentes do consumo de álcool e tabaco e diminuição significativa da auto-medicação. Um idoso saudável tem sua autonomia preservada, tanto a independência física, como a psíquica.
É importante qualificar os serviços de Saúde para trabalhar com aspectos específicos da saúde da pessoa idosa (como a identificação de situações de vulnerabilidade social, a realização de diagnóstico precoce de processos demenciais, a avaliação da capacidade funcional etc). É necessário garantir acesso a instrumentos diagnósticos adequados, a medicação e a reabilitação funcional da população idosa, prevenir a perda de capacidade funcional ou reduzir os efeitos negativos de eventos que a ocasionem. 
Cabe, portanto, à gestão municipal da saúde desenvolver ações que objetivem a construção de uma atenção integral à saúde dos idosos em seu território. É fundamental organizar as equipes de Saúde da Família e atenção básica, incluindo a população idosa em suas ações (por exemplo: atividades de grupo, promoção da saúde, hipertensão arterial e diabetes mellitus, sexualidade, DST/aids). Seus profissionais devem estar sensibilizados e capacitados a identificar e atender às necessidades de Saúde dessa população.