Acompanhante no hospital: pra quê?



O Estatuto do Idoso, em seu artigo 16, elucida que: “Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico”. Daí, são necessárias algumas observações, as quais serão discutidas a seguir:
O Estatuto elucida claramente que o idoso tem direito a um acompanhante quando em situação de hospitalização. Este costuma ser um dilema para muitos familiares, pois muitos não podem deixar sua vida cotidiana (trabalho, cuidado de filhos pequenos, etc.) para ficar em tempo integral num hospital. Infelizmente a maioria das instituições empregadoras não aceitam comprovantes da hospitalização do idoso como meio de abonar a falta do familiar que seja acompanhante.
Outras famílias não querem se organizar para garantir um acompanhamento ao idoso, tornando possível perceber que a hospitalização do idoso aparece como uma forma cômoda da família se ver livre daquele idoso que, devido ao seu estado de saúde, vem trazendo uma série de transtornos à família.
O Estatuto elucida que o hospital deve oferecer condições adequadas para a permanência do acompanhante, porém, infelizmente sabemos que esta nem sempre é a realidade de todos os hospitais públicos brasileiros.
Fica claro no Estatuto que a presença de um acompanhante é um direito do idoso, mas este não precisa, necessariamente, ser um membro da família. A presença de um familiar pode ser importante por motivos que irei explorar mais a seguir, porém, quando nenhum familiar pode ficar presente durante o período de hospitalização, a família pode contar com a ajuda, por exemplo, de um amigo, um vizinho, um parente distante, ou de um cuidador ou acompanhante profissional.
Por que a presença de um membro da família se faz importante? Por três motivos principais. Inicialmente, porque a hospitalização traz a todos nós sentimentos de medo, impotência e fragilidade. Ter alguém de confiança por perto neste momento traz um maior sentimento de acolhimento e segurança. O segundo motivo diz respeito à necessidade de ter presente alguém responsável pelo idoso que pode estar dependente definitiva ou temporariamente. É essencial ter alguém para conversar com os profissionais de saúde sobre o estado geral do idoso, receber notícias de diagnósticos, informações relevantes sobre procedimentos, tratamentos e medicações a serem administradas quando o idoso estiver em casa. O último motivo diz respeito ao idoso com comprometimento cognitivo, em especial portadores da Doença de Alzheimer. Nestas pessoas, mudanças bruscas de ambiente e a presença de pessoas diferentes podem causar um estado de grave confusão mental e irritabilidade, e a presença de alguém conhecido do idoso pode ajudar a aliviar esta confusão e a irritação.
Os hospitais geralmente exigem que o acompanhante de idosos internados em enfermarias coletivas seja alguém do mesmo sexo, mas por que isto acontece? Em respeito ao pudor dos pacientes internados na mesma enfermaria. Muitas vezes os pacientes são sujeitos a procedimentos que expõem sua intimidade, por isto não é adequada a permanência de pessoas do sexo oposto (que não trabalham na área da saúde) neste local. Em casos especiais, onde realmente não existe a possibilidade de manter um acompanhante do mesmo sexo do idoso na enfermaria, esta pessoa deve ter o bom senso de se retirar do local sempre que algum destes procedimentos for realizado com um dos internos.
Finalizo o artigo com duas dúvidas comuns: “O idoso realiza suas atividades básicas sem a ajuda de terceiros, por que ele precisa de um acompanhante?”. A resposta já foi dada: para que ele tenha a presença de alguém conhecido, responsável por ele, naquele momento debilitado, e a segurança que isto lhe traz. “O idoso usa fraldas e precisa de ajuda para o banho. Quem tem que fazer isto enquanto ele está no hospital é o enfermeiro ou o acompanhante?”. Fica a critério do hospital, porém a equipe de enfermagem pode precisar realmente do auxílio do acompanhante na realização de atividades como esta, especialmente no caso de hospitais com grande número de pacientes hospitalizados. O acompanhante deve sempre colaborar neste sentido.
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Os programas sociais voltados para o idoso independente



Bem ressalta a escritora goiana Cora Coralina “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”. Sendo assim, é pertinente a cada ser humano analisar o que irá colher, frente ao que semeou.  O que nos convida a uma reflexão, pois só caminha, só semeia quem vive a vida de uma forma ativa, produtiva, atuante.
Portanto, vale ressaltar que a vida humana é uma constante caminhada onde ocorrem mudanças, transformações, e “o desenvolvimento humano é fascinante e extremamente complexo, pois está sujeito a muitas influências, ele focaliza o estudo científico de como as pessoas mudam, e também de como ficam iguais, desde a concepção até a morte. As mudanças são mais óbvias na infância, porém ocorrem durante toda a vida” (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2000, p. 24).
De acordo com a teoria psicossocial, proposta por Erik Erikson, o processo de desenvolvimento ocorre ao longo da vida. O desenvolvimento se dá por etapas, e ao final de cada uma delas ocorre uma crise, que ajuda a preparar o indivíduo para a etapa seguinte. Uma resolução saudável destas crises possibilita o surgimento de uma virtude, sendo que no idoso esta virtude é a sabedoria. (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2000).
Segundo Simões (1998, p. 25), “a vida do ser humano passa por uma trajetória que se inicia com a vida extra-uterina, seguindo com a infância, adolescência, casamento, procriação, criação dos filhos, aposentadoria, velhice e morte, propiciando à vida conotações diversificadas e dinâmicas”. Convém, porém, sermos transparentes em relação ao ser idoso, pois a tendência é estereotipá-lo segundo a faixa etária, desprezando o conceito de que cada pessoa é um ser individual, único, indivisível e que dentro de sua totalidade tem características especiais. O mais preocupante é que esse tempo de vida não é alcançado de forma satisfatória e sem problemas físicos, psicológicos, mentais, etc., ao contrário, esses seres humanos, experientes na maioria das vezes, são marginalizados, desprezados, e apresentam um quadro de carência emocional, assustando a todos os que aí se enquadram ou virão a se enquadrar.
Ainda fazendo referência à autora goiana acima mencionada “Não sei… se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”, essa reflexão nos mostra a necessidade de mais ações políticas que visem propiciar um envelhecimento agradável e ativo, no qual a autonomia, o bem estar, a segurança, os programas sociais e, sobretudo, a dignidade do idoso sejam devidamente respeitadas. Que saibamos tocar o coração de nossos idosos com o carinho que eles merecem.
No Brasil, o apoio, o respeito, a dedicação precisam ser mais valorizados, e é importante ressaltar que esta forma de tratamento e cuidado não está restrita somente aos profissionais que lidam diretamente com esta área, mas a cada ser humano, aos governantes, aos profissionais, aos familiares, enfim, cada cidadão possui o papel de buscar formas de promoção, de proteção, de estimulação e que proporcionem bem estar do idoso, que muitas vezes se encontra fragilizado e esquecido.
Contudo, a adoção do estilo de vida saudável e o cuidado com a própria saúde são importantes em todas as fases da vida de uma pessoa, assim como na terceira idade. Um dos mitos do envelhecimento é que é tarde demais para adotar esse estilo de vida. Pelo contrário, é importantíssimo que todas as pessoas adotem e vivam de forma cuidadosa e preventiva, este estilo de vida saudável. É de extrema importância o envolvimento em atividades físicas, uma alimentação saudável, a realização de consultas médicas periódicas e o uso de medicamentos corretos prescritos pelo médico, que podem prevenir doenças e o declínio funcional, aumentar a longevidade e promover uma qualidade de vida do indivíduo.
O envelhecimento deve ser entendido como um processo do ciclo evolutivo que, assim como os demais, pode ser permeado por adversidades. Logo, o idoso, como qualquer ser humano em desenvolvimento, é constantemente desafiado a manter e a renovar sua vida de maneira significativa. Sendo assim, através dos diversificados programas criados especialmente para a terceira idade, constata-se que o envelhecimento humano é um processo que pode oferecer bem-estar psicológico e boa qualidade de vida.
É perceptível que no atual cenário brasileiro onde temos uma longevidade crescente e o surgimento de novas alternativas de vida, apareçam novas necessidades e novos interesses, observa-se também uma busca, um crescente interesse da população considerada “com mais idade” em se envolver, dedicar-se e realizar atividades, conquistando, assim, uma velhice ativa, participante e bem sucedida. É notório que quanto mais ativa a pessoa se manter no decorrer de sua vida, melhor será o seu processo de envelhecimento.
De acordo com o que foi abordado, a qualidade de vida de um indivíduo idoso está diretamente relacionada ao seu conceito de envelhecimento ativo. Situações como casamento dos filhos, aposentadoria, viuvez, perda de familiares, amigos, impulsionam o idoso a engajar-se em algum tipo de atividade, em grupos sociais, o que pode proporcionar uma mudança quanto ao conceito de velhice, no que diz respeito à limitação e à incapacidade, porque nos grupos é possível encontrar idosos ativos, autônomos, satisfeitos, realizados com sua condição geral, que se relacionam bem com outras pessoas da mesma faixa etária ou não.
O indivíduo é, por natureza, um ser gregário. Desde que nasce, vivencia diversas experiências e vive em interação com outras pessoas e durante seu desenvolvimento passa por diferentes grupos como família, amigos, escola, trabalho, grupos religiosos. O idoso no decorrer de sua vida transitou por todos esses grupos, ou quase todos, e tem condições internas e necessidade de se filiar a um grupo de pessoas onde sente bem estar, conforto, segurança, prazer e uma boa interação.
Segundo Zimerman (2000, p. 74) “Essa interação constitui-se em uma relação de dar e receber. O que leva os indivíduos a se modificarem constantemente. É a ponte do “eu” e do “você”, sem essa ponte o ser se desintegra, pode destruir-se a si próprio ou a terceiros de forma acintosa”.
Percebe-se então a eficácia de um vínculo construído dentro dos grupos, dos programas onde os idosos estão inseridos, pois ali eles recebem segurança, apoio, compreensão e liberdade, podendo então promover aos componentes do grupo um crescimento livre e sadio. Nesse crescimento, por meio das experiências ali adquiridas, surgirão mudanças no comportamento, tanto dos indivíduos como do próprio grupo.
Destaca-se aqui a necessidade da estimulação ao idoso para sua inserção nos grupos, nos programas para ele dirigidos. Por exemplo, as oficinas de estimulação  onde  o idosos receberá treino de atenção, memória, qualidade de vida e bem-estar psicológico. Observa-se que, com o avançar da idade, existe menos confiança, menos projetos para o futuro, mais dificuldades, mais limitações, então se torna urgente o trabalho de estimulação realizado com os idosos.
De acordo com Zimerman (2000, p. 135) “A maneira eficaz de fazer com que o velho tenha qualidade de vida, a aceitação e a inserção na família e na sociedade que proponho é a estimulação”. (…) “A estimulação é o melhor meio para minimizar os efeitos negativos do envelhecimento e levar as pessoas a viverem em melhores condições”.
Alguns idosos têm sessenta, setenta anos de idade biológica, mas são jovens na idade emocional. Eles vivem a vida com aventuras, estão sempre bem-humorados e dispostos. Sorriem, brincam e sonham com facilidade, apesar dos problemas e das perdas e marcas do passado. São jovens no corpo de velhos e conviver com eles é uma lição de vida. Isto pode estar relacionado à idéia da virtude da sabedoria, defendida por Erikson.
Percebe-se que estimular e apoiar são fatores importantes na terceira idade, que podem levar o idoso a refletir e assumir um novo jeito de viver, de atuar em sua própria história acreditando que se pode viver ativamente mesmo no envelhecer.
É importante destacar que o envelhecimento com boa qualidade de vida é um tema que precisa ser muito explorado nos dias de hoje, pois se faz necessário que cresça o número de pessoas que possam usufruir mais dessa etapa da vida. Porém, isso só se tornará realidade a partir do momento em que a velhice deixar de ser vista como uma etapa de decadência, mas sim como sinônimo de vida, de melhor idade, idade ativa, idade de saborear a convivência grupal e não o abandono e a solidão.
Pode-se acreditar que sendo um idoso ativo, atuante, é possível ser um idoso feliz, mesmo com as perdas decorrentes nesta idade. É possível, passada a marca dos sessenta anos, divertir-se, desfrutar, desejar, manter a “paixão de conhecer o mundo”, viver de uma forma intensa e ativa, dançar com passos, às vezes, mais vagarosos, respeitando as próprias limitações da idade, mas sem se perder da música.  Fala-se muito em qualidade de vida para os idosos, mas, na verdade, é algo que se constrói com o decorrer do tempo e que precisa ser trabalhado de forma preventiva.
Entre tantos exemplos de grupos para a terceira idade, temos a utilização da Musicoterapia no trabalho com os idosos.  Esta, segundo Pazzini (2004), busca ajudar o idoso a estimular suas capacidades físicas, mentais, cognitivas e sociais a partir de um processo terapêutico baseado no canal sonoro musical e na criatividade. Nas sessões de musicoterapia com idosos pode-se trabalhar com diferentes atividades como: canto, audição musical, atividades rítmicas com instrumentos musicais, atividades de expressão artística, exercícios de relaxamento, dança, expressão corporal, jogos, exercícios de percepção entre outros. Os principais objetivos terapêuticos traçados são o resgate e estimulação da memória, diminuição da ansiedade e agressividade, estimulação motora, orientação espacial e temporal, melhora do humor, resgate e fortalecimento da identidade. Temos ainda os Grupos de canto e coral – onde a música é benéfica ao idoso, pois tem a capacidade de atuar em certas áreas do cérebro. Assim, estimula a memória (através da lembrança das letras), trabalha a consciência de ritmo, estimula a atenção e a coordenação de movimentos. Ao ter contato com as partituras, o idoso pode redescobrir músicas que fizeram parte de seu passado e resgatar emoções antigas. Além da socialização, isto tudo pode melhorar a qualidade de vida do idoso.
O envelhecimento é um processo natural e o estado de espírito é fundamental para a longevidade. O segredo é não se acomodar!  Contudo, o envelhecimento ativo é um processo que diz respeito a todas as pessoas e deve ser visto como uma tarefa constante. Assim, cabe à sociedade criar espaços, equipamentos diversificados, seguros e acessíveis aos mais velhos, e além de tudo, aprender que a terceira idade pode ser considerada a etapa de usufruir bem as oportunidades que foram deixadas em certos momentos da vida.
Ademais, pode-se concluir que os idosos independentes, atuantes, participantes de grupos, de programas, estão em busca de desenvolvimento social, desfazendo preconceitos que a sociedade mantém a respeito de suas vidas, como inutilidade, improdutividade, enfim, as pessoas da terceira idade que levam uma vida ativa, estão se permitindo viver, dançar, divertir, cantar, conquistar novos amigos, novos aprendizados, assim, o melhor jeito de envelhecer é “envelhecer vivendo, buscando, atuando, acreditando, sonhando e cantando como um eterno aprendiz”, como nos mostra um trecho da música de Gonzaguinha, Eterno Aprendiz:
Viver! E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar a beleza de ser
Um eterno aprendiz…
Conforme ensina o verso da música “Cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz” destacamos a eficácia dos programas para o idoso, onde ele tem a oportunidade de viver plenamente como um eterno aprendiz.
Silvana Vieira de Carvalho Paiva – Psicóloga   e-mail – silpaivapsi@hotmail.com
Referências:
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W. Desenvolvimento Humano. 7.ed. Porto Alegre: Artmed. 2000. p. 24, 532-543.
PAZZINI, Daiane. A contribuição da musicoterapia na velhice. 2004. Disponível em: http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/musicoterapia_velhice.htm Acesso em: 20 jan. 2010.
SIMÕES, R. Corporeidade e Terceira Idade: A marginalização do corpo idoso. 3.ed. Piracicaba: Unimep. 1998. 131 p.
ZIMERMAN, G. I. Velhice: Aspectos Biopsicossociais. Porto Alegre: Artmed. 2000. 229 p.

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Por que as pessoas escondem a sua idade?




Dizem as regras de boas maneiras que não se pergunta a idade de uma mulher. Mas por quê? Acho interessante, pois, se analisarmos bem, parece que as pessoas de diferentes faixas etárias não estão muito satisfeitas com sua idade naquele momento. E, ao contrário do que dizem por aí, esta preocupação não é exclusiva das mulheres.
Normalmente as crianças não gostam de ouvir aquela frase clássica dita por adultos que não a viam há muito tempo: “Nossa, como você cresceu!”. Enquanto crianças pequenas não há grandes preocupações com sua prórpia idade, mas com o passar dos anos, esta preocupação começa a ganhar espaço na vida dos pequenos.
Os adolescentes também parecem não ser muito satisfeitos com sua própria idade. Eles são grandes o suficientes para chegarem em casa tarde e ainda são crianças para ganhar presente no dia das crianças. E coitado daquele que, ao tentar adivinhar sua idade, falar um ano que seja a menos. O adolescente costuma querer parecer ser mais velho, mais maduro, mais adulto. Porém, logo, logo isto vai mudar.
Com o passar dos anos, acumulamos experiências e passamos por uma série de transformações em nosso corpo, em nosso modo de pensar e de agir. É esperado que tenhamos atitudes e pensamentos coerentes à nossa faixa etária, mas parece que o que mais assusta as pessoas não são estes aspectos psicossociais, mas sim o corpo físico. Sempre que crescemos deixamos de lado um corpo que não é mais condizente à nossa faixa etária e ganhamos um novo corpo, coerente à nossa atual realidade. As pessoas preocupam-se e manter uma aparência jovem, independente de serem “jovens de espírito” ou não.
Chega a idade adulta. Por volta dos vinte, vinte e poucos anos, as pessoas parecem não se importar muito com a própria idade. Na casa dos trinta a idade começa a incomodar, mas não como quando se era adolescente, acontece o oposto: as pessoas querem aparecer mais novas. Os primeiros sinais de que os anos já se passaram, como o aparecimento dos primeiros fios brancos, o ganho de peso, o surgimento de linhas de expressão podem ser motivo de sofrimento para as pessoas que não aceitam bem sua idade.
Na meia-idade os anos já estão mais demarcados no corpo através destes sinais que começaram a aparecer há pouco mais de uma década. Algumas pessoas não aceitam o passar dos anos e literalmente brigam quando alguém pergunta sua idade ou quando algum “infeliz” pergunta se ela é mais velha do que realmente é. Algumas pessoas tentam “driblar” o passar dos anos com cirurgias plásticas, tratamentos estéticos rejuvenescedores, usando roupas adequadas para pessoas mais jovens, porém, nem sempre conseguem resultados satisfatórios. Alguns realmente conseguem parecer mais jovens (aparência física) com tais atitudes, porém outros acabam exagerando e podem ser taxados como ridículos pelos outros. Além disso, pessoas que não aceitam bem sua idade começam a ter atitudes despropositais, como uma espécie de fuga, uma regressão a um tempo anterior de sua vida: envolvem-se co parceiros mais novos, competem com os filhos, voltam para as baladas. Não estou criticando as pessoas que fazem isto para se divertir, o que é muito saudável, só não é legal querer voltar a ser jovem desta forma.
À medida que os anos passam, a pessoa começa a ter mais consciência de sua própria morte. Se a morte não fez sua indesejada visita na infância, na adolescência e na idade adulta, uma coisa é certa: ela chegará na velhice. Isto também pode fazer com que a pessoa tenha a necessidade de mentir sua própria idade não apenas para os outros, mas para si mesmo e para a dona Morte. Porém, será que ela vai acreditar em sua desculpa?
A questão que fica para a reflexão é a seguinte: Por que é feio assumir sua própria idade? Não é vergonha envelhecer! É bonito assumir a idade que temos, o que somos, que bagagem carregamos nestes anos. Esconder a idade, além de nos fazer parecer enganadores (visto que na maioria das vezes a idade está em nossos rostos), nos faz esconder de nós mesmos tudo o que já vivenciamos no decorrer de nossas vidas. Da próxima vez que alguém perguntar sua idade, não tenha vergonha de responder! Para manter seu espírito jovem não é preciso estar com um corpinho de quinze anos. É questão de ter uma atitude mais positiva perante a vida, ser aberto às mudanças e tentar adaptar-se bem a elas. Isto é muito mais importante que ter um corpo forçadamente jovem.
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Dicas para vestir: Parkinson



O uso de roupas que você gosta e se sente bem pode fazer maravilhas para melhoria auto-confiança. Enquanto as pessoas com doença de Parkinson (DP) podem ter problemas com a roupa, os profissionais, como terapeutas ocupacionais, podem aconselhar sobre diversas técnicas de limpeza, equipamentos, tecnologias assistivas e uma gama cada vez maior de tecidos e estilos, que ajudam a fazer do vestir algo muito mais fácil.
Vestir e despir
Diversas técnicas podem permitir manter a independência no vestir e despir, e pode também permitir continuar usando o guarda-roupa existente. A dica é tentar encontrar a maneira mais fácil de vestir e despir. Isso pode envolver tentar posições diferentes (por exemplo, sentar-se), com diferentes tecidos (tecidos elásticos podem ser mais fáceis de puxar e tirar) ou usando itens diferentes na sala para ajudar (por exemplo, usando a parede, a cama ou uma cadeira próxima da cama).
As dicas a seguir também podem ajudar:
- Consulte um terapeuta ocupacional para aconselhamento sobre a vestir e despir.
- Dê tempo e espaço para 0 vestir, e tente escolher um momento em que o cliente está ‘on’ e sua medicação está com o efeito máximo.
- Pessoas com dificuldade de fixação botões muitas vezes tornam a atividade mais fácil quando sentam e descrevem os movimentos para si ao longo das etapas: “encontrar o botão… encontrar buracos … botão no buraco … e … puxar.”
- É muito mais fácil, seguro e rápido se sentar ao vestir as metades superior e inferior do corpo. Concentrar-se e na tarefa e evitar distrações como falar ou ouvir o rádio enquanto se veste também irá também melhorar o “fluxo” de movimentos. Descrever as ações que pretende desenvolver, como no exemplo anterior do botão, usando poucas palavras pode ser útil para trabalhar o controle manual quando os movimentos habituais perdem seu fluxo natural automático.
- Quando é necessário estar de pé parapuxar para cima ou para endireitar peças de vestuário, encostar a parte de trás da panturrilha (batata da perna) contra a cama ou cadeira, para um bom equilíbrio.
- Você pode ser capaz de reduzir o número de itens que você tem que colocar, escolhendo, por exemplo, uma saia forrada ou itens acolchoados, como sapatos.
- Pode ser útil unir peças, como calças e cuecas, com velcro para que possa colocar dois itens de uma vez. Lembre-se que velcro deve estar sempre fechado antes de lavar.
Há equipamentos disponíveis, tais como adaptações para vestir, tais como para ajudar a enfiar o sapato, que podem ser úteis, mas não podem atender algumas pessoas com Parkinson e seu uso pode ser frustrante. Consulte um terapeuta ocupacional para mais informações sobre este assunto.
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Câncer de pele



Dos tumores existentes, o câncer da pele é o mais freqüente. Muitos deles poderiam ser evitados se medidas de prevenção fossem aplicadas em tempo apropriado, permitindo assim sua cura. Existem três tipos de câncer de pele: carcinoma basocelular, espinocelular e melanoma.
Qualquer pessoa pode ter câncer da pele, principalmente as de pele, olhos e cabelos claros, que sempre se queimam e nunca se bronzeiam. Além desses, ruivos e portadores de “sardas”, pessoas que se expõem ao sol por muito tempo ou os que possuem história familiar de tumor na pele também estão no grupo de risco.
Como reconhecer os sinais precoces
  • Um crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida.
  • Uma “pinta” preta ou acastanhada que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas suas bordas e cresce de tamanho.
  • Uma “mancha” ou ferida que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
O que causa
  • A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer da pele. Ela se encontra nos raios solares e nas cabines de bronzeamento artificial.
  • A exposição excessiva e prolongada ao sol contribui não só para o risco no desenvolvimento do câncer como também no envelhecimento precoce da pele.
  • É importante lembrar que o efeito da radiação ultravioleta é cumulativo, ou seja, mesmo depois de parar de se expor ao sol, as alterações da pele podem se manifestar anos depois.
  • Além da radiação solar outros fatores como raios X e certas substâncias químicas podem levar ao câncer da pele.
Como prevenir
  • Examinando sua pele regularmente e reconhecendo os sinais precoces de tumor.
  • Protegendo-se dos raios solares através do uso de roupas e/ou filtros solares adequados. Não se esqueça que a radiação solar é mais intensa entre 10 horas da manhã e 3 horas da tarde”.
  • Não aconselhamos o uso do bronzeamento artificial.
Extraído de: http://www.sbd.org.br/doenca/cancerpele.aspx

Exposição ao sol pode prevenir comprometimentos cognitivos



Pouca vitamina D no organismo pode comprometer a função cognitiva
“Tomar sol pode ajudar a proteger os neurônios” é o que diz a pesquisa publicada na Revista Mente e Cérebro.
Principalmente no verão, dermatologistas costumam alertar para o uso de protetor solar, o que evita câncer e envelhecimento precoce. Mas fugir do sol também traz consequências graves para o cérebro.
Pesquisadores descobriram que a ausência de vitamina D no organismo pode comprometer funções cognitivas. Embora seja mais conhecida por promover saúde dos ossos e regular os níveis de cálcio, a vitamina desativa enzimas cerebrais que participam da síntese de neurotransmissores e do crescimento neuronal. Com essas descobertas, pesquisadores esperam que no futuro a vitamina ajude no tratamento de pacientes com Alzheimer. “Sabemos que há receptores de vitamina D espalhados por todo o sistema nervoso central e hipocampo. Além disso, ela ativa e desativa as enzimas no cérebro e no fluido cerebrospinal envolvidas na síntese de neurotransmissores e no crescimento dos nervos”, explicou o pesquisador Robert J. Przybelski, da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin. Os estudos em animais e em laboratório sugerem que a substância pode proteger os neurônios e reduzir a inflamação.
Dois novos experimentos revelam mais novidades sobre o assunto. O primeiro, conduzido pelo neurocientista David Llewellyn, da Universidade de Cambridge, avaliou o índice da presença da vitamina em mais de 1.700 ingleses com mais de 65 anos. Os voluntários foram divididos em quatro grupos de acordo com os índices da substância encontrados no sangue: profundamente deficiente, deficiente, insuficiente e excelente; em seguida, foram testados quanto à função cognitiva. Os cientistas descobriram que, quanto mais baixos os níveis, maior o impacto negativo no desempenho na bateria de testes mentais. Se comparados a pessoas do grupo excelente, os que apresentavam valores mais baixos corriam mais risco de ter alguma deficiência mental.
O segundo estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, concentrou-se nos níveis de vitamina D e no desempenho cognitivo de mais de 3.100 voluntários entre 40 e 79 anos em oito países europeus. As informações mostram que os participantes com níveis mais baixos demoraram mais tempo para processar informações. Essa correlação foi particularmente expressiva entre os homens com mais de 60 anos.“O fato de essa relação ter sido estabelecida em larga escala e em um estudo com seres humanos é muito importante, mas ainda há muito a ser estudado. Embora saibamos que o baixo grau da vitamina está associado ao comprometimento mental, não descobrimos se os altos reduziram a perda cognitiva”, salienta Przybelski. Pelo fato de o comprometimento cognitivo ser, em geral, precursor da demência e do Alzheimer, a vitamina D é tema em constante discussão entre os cientistas que tentam responder a essas questões. Przybelski, por exemplo, planeja um estudo sobre isso para verificar se afetará a incidência de Alzheimer em longo prazo. Então, quanto de vitamina D é suficiente?
Alguns especialistas dizem que de 15 a 30 minutos de exposição ao sol, de duas a três vezes por semana, seria o ideal para adultos saudáveis. É importante lembrar que fatores como a cor da pele, o local de residência e a área exposta ao sol afetarão o volume de vitamina D produzido por cada um.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/tomar_sol_ajuda_proteger_os_neuronios.html