Decisão em família


Durante quatro anos, o jovem Jeferson Felipe Françoso, 23, de Guarulhos (SP), lutou contra uma doença crônica incurável e uma infecção que devastaram os seus pulmões. Quando ele já estava entubado na UTI, respirando por aparelhos, sua mãe, Lúcia Helena Françoso, com apoio da família, autorizou que os médicos não o reanimassem caso ele sofresse uma parada cardiorrespiratória. No último dia 4, às 20h48, o coração de Felipe parou. Morreu na presença da mãe e da avó.
Depoimento a CLÁUDIA COLLUCCI – Jornal Folha de São Paulo
Meu filho começou a ficar doente aos 16 anos, logo depois que o pai morreu, de câncer no reto. Sofria pneumonias seguidas e, aos 19, descobrimos que era fibrose cística [doença genética que pode causar infecção crônica]. Ele também tinha uma bactéria resistente [Mycobacterium abscessus] nos pulmões. Durante seis meses, o Fê ficou com um cateter por onde recebia os antibióticos para combater a bactéria. Por causa dos remédios, perdeu a audição. Isso o deixou desanimado com o tratamento. Não tinha melhora dos sintomas e também não podia estudar, jogar bola.
Ele começou a faculdade de administração e um curso de desenho, mas não conseguiu terminá-los. Eram antibióticos, inalações, injeções de enzimas diárias e mesmo assim as crises de tosse e de falta de ar não davam trégua. Ele sentia falta de ar até para tomar banho.
Em agosto de 2010, o Fê começou a piorar. Pesava 44 kg e media 1,80 m. Passava 20 dias no hospital e uma semana em casa. Foi quando começamos a ser acompanhados pela equipe de cuidados paliativos do Samaritano. O Fê precisava ganhar peso para entrar na fila do transplante de pulmão. Foi colocada uma sonda no estômago para ele receber suplementos alimentares. Mas ele sabia que não ia sarar, que a doença era incurável.
SEM REMÉDIO
O Fê passou a conversar mais comigo e com a tia [Dulce Machado]. Numa das últimas conversas, ele disse para a tia que não tinha medo da morte porque já não havia mais prazer algum na vida. Mas eu não deixava o ambiente ficar triste em casa. Ele dizia: “Mãe, como é que você consegue ainda me fazer rir”. E eu dizia: “Mãe é assim mesmo. Mãe chora, mãe é palhaça, mãe é boba.” No Natal passado, eu já pressentia que seria o último do meu filho. Foi uma festa linda. Ele ganhou uma camiseta do São Paulo, que era o time que ele tinha paixão.
Na última internação, em 3 de janeiro, a médica explicou que os antibióticos não faziam mais efeito. Quando ela saiu do quarto, o Fê disse: “Mãe, não tem remédio para mim mais…” Aí ele chorou muito. Viu que era o ponto final da medicina. Eu peguei na mãozinha dele e disse: “Filho, agora é só Deus. Se ele achar que pode fazer um milagre, vamos confiar”. Eu não chorava perto dele porque ele não gostava. Dizia: “Mãe, se você não ficar forte, o que vai ser de mim?”. Eu sofria por dentro, sem demonstrar. Só chorava longe.
No dia 19 de janeiro, comemoramos o aniversário dele no hospital. Vieram os primos, as médicas, as enfermeiras. Ele ficou tão feliz! Comemoramos também o fato dele ter atingido 50,5 kg, que era o peso mínimo para entrar na fila de transplante. Mas, com o passar dos dias, o desconforto respiratório foi piorando. Ele sentia muita dor, que só era controlada com morfina a cada quatro horas. No dia 26 de janeiro, foi transferido para a UTI semi-intensiva. Já não conseguia mais falar direito. Ficava com a máscara de oxigênio o tempo todo. Conversando com a irmã, Jéssica, ele voltou a dizer que não tinha medo da morte, que estava em paz. Ele até brincou: “Vou ficar bem, vocês é que vão sofrer um pouquinho”.
No dia 27, à tarde, soube que o Fê teria de ser entubado [respirador artificial] porque a máscara de oxigênio já não dava mais conta do desconforto respiratório. Os médicos queriam dar mais uma chance para o organismo reagir, pois a infecção pulmonar estava sem controle. Foi um choque para mim. Eu sabia que aquele momento iria chegar, mas não esperava que fosse tão rápido. Quando o Fê soube, chorou. Eu segurei a mão dele e disse: “Filho, não fique com medo. Eu vou ficar bem, a sua irmã vai ficar bem”. Ele estava assustado, mas só perguntou se iria continuar dormindo, se não sentiria dor. Aquele olhar assustado foi a nossa despedida. Em seguida, ele foi sedado. A esperança era que, em 72 horas, a infecção fosse controlada. Mas isso não aconteceu. O antibiótico não fazia mais efeito.
ATÉ O ÚLTIMO MINUTO
Na segunda, dia 31 de janeiro, tomamos uma decisão em família: não reanimá-lo caso o coração dele parasse. A proposta era dar o conforto necessário para ele não sofrer. A equipe médica iria aumentando a morfina e a sedação. Eu concordei. Vi meu filho sofrer tanto nesses últimos anos que eu não suportava prorrogar mais isso. Foi de coração que eu entreguei ele para Deus. Fiquei até o último minuto ao lado dele, dizendo: “Filho, estou aqui. Se você quiser partir comigo aqui do teu lado, pode partir. Se você acordar, eu também estarei aqui”.
Eu sabia que o Fê tinha uma briguinha com Deus por causa da morte do pai e por causa da sua doença. Na UTI, com ele inconsciente, eu dizia: “Filho, fala para Deus tirar você desse sofrimento”. E falava para Deus: “Se for para trazer meu filho de volta, traga ele inteiro. Se não for, eu te dou de presente um anjo”.
No dia 4 de fevereiro, ele quase não tinha mais pulsação. Olhei para o monitor, e os batimentos cardíacos estavam em 35 [o normal é de 60 a 100 batimentos por minuto]. Fiquei segurando a mão dele, beijando-o até o coração parar de vez. Doeu muito e ainda dói, mas me sinto com dever cumprido. Agora me sinto em paz.
Extraído de: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd1302201101.htm

Presidente Dilma, não se esqueça dos idosos do Brasil



Diante da manifestação, de estudantes, que subiram a rampa do Palácio do Planalto, para manifestar contra o aumento dos parlamentares e ministros, na ordem de 61,8% e 133,9% para o Presidente da República, refletimos sobre os aposentados da previdência social, que deverá não chegará a dez por cento ficou em 9,68%. Aposentados e pensionistas deveriam, igualmente, fazer um grande protesto, já que construíram este país, enquanto a maioria classe política nada faz.
Tudo feito a toque de caixa, no último dia em que votaram alguma coisa na Câmara, os parlamentares do nosso Congresso aprovaram o decreto que concede a eles próprios um aumento salarial a partir de 1º de Fevereiro do próximo ano, deputados federais e senadores passam a receber R$ 26.723,13. O placar da votação foi de 279 votos a favor contra 35 contrários e três abstenções.
Sem falar nas verbas de gabinete e indenizatórias e também nos Ministros de Estado, que receberão este mesmo salário, igualando o valor recebido por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que serve de teto para o funcionalismo público.
Junto aos Senadores, a deliberação teve a mesma rapidez, uma vez que contam com a sanção do presidente da República. Assistimos passivamente mais um descalabro do poder politico que legisla em causa própria. Da insensatez dos homens públicos, se consolida o Brasil como um país de desigualdades.Uma atitude de desdém com o povo brasileiro, decretada pelos congressistas que colocamos em Brasília.
Em verdade é veradeiro golpe a mais, dilapidando o erário público em tempos de ajuste dos gastos se auto concedendo um belo presente de Natal em detrimento da situação financeira da grande maioria dos brasileiros.
O aumento dos trabalhadores em geral e dos aposentados, será apenas a reposição da inflação, ou quando muito um insignificante aumento real de salário, pois os dignos representantes do povo não tiveram a mesma determinação quando da votação ao reajuste do salário mínimo.
Na Europa, de forma especial na Alemanha, por exemplo, um parlamentar ganha por ano 84.108 euros, contra 176.366 euros do que recebe um parlamentar brasileiro. Isto é, embolsa em torno de 400 mil reais por ano contando com o 15º salário, sem as várias regalias do cargo.
Temos que acordar, todos nós, de todas as categorias profissionais em os aposentados em geral, diante da falta de seriedade do nosso parlamento para com as grandes questões nacionais, para se somar vozes de revolta que precisam e devem chegar aos ouvidos do Congresso brasileiro.
As grandes mudanças, só acontecem, diante de protestos e renovação da classe política, para diminuirmos este abismo existente entre a maioria dos politicos e a sociedade, precisando abraçar, sem qualquer timidez, em definitivo, a luta contra o autoritarismo evidente, na manipulação do dinheiro público.
Carlos Fernando Priess – Advogado/economista – carlos@priess.com.br

A ganância dos parlamentares e a timidez dos aposentados



Diante da manifestação, de estudantes, que subiram a rampa do Palácio do Planalto, para manifestar contra o aumento dos parlamentares e ministros, na ordem de 61,8% e 133,9% para o Presidente da República, refletimos sobre os aposentados da previdência social, que deverá não chegará a dez por cento ficou em 9,68%. Aposentados e pensionistas deveriam, igualmente, fazer um grande protesto, já que construíram este país, enquanto a maioria classe política nada faz.
Tudo feito a toque de caixa, no último dia em que votaram alguma coisa na Câmara, os parlamentares do nosso Congresso aprovaram o decreto que concede a eles próprios um aumento salarial a partir de 1º de Fevereiro do próximo ano, deputados federais e senadores passam a receber R$ 26.723,13. O placar da votação foi de 279 votos a favor contra 35 contrários e três abstenções.
Sem falar nas verbas de gabinete e indenizatórias e também nos Ministros de Estado, que receberão este mesmo salário, igualando o valor recebido por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que serve de teto para o funcionalismo público.
Junto aos Senadores, a deliberação teve a mesma rapidez, uma vez que contam com a sanção do presidente da República. Assistimos passivamente mais um descalabro do poder politico que legisla em causa própria. Da insensatez dos homens públicos, se consolida o Brasil como um país de desigualdades.Uma atitude de desdém com o povo brasileiro, decretada pelos congressistas que colocamos em Brasília.
Em verdade é veradeiro golpe a mais, dilapidando o erário público em tempos de ajuste dos gastos se auto concedendo um belo presente de Natal em detrimento da situação financeira da grande maioria dos brasileiros.
O aumento dos trabalhadores em geral e dos aposentados, será apenas a reposição da inflação, ou quando muito um insignificante aumento real de salário, pois os dignos representantes do povo não tiveram a mesma determinação quando da votação ao reajuste do salário mínimo.
Na Europa, de forma especial na Alemanha, por exemplo, um parlamentar ganha por ano 84.108 euros, contra 176.366 euros do que recebe um parlamentar brasileiro. Isto é, embolsa em torno de 400 mil reais por ano contando com o 15º salário, sem as várias regalias do cargo.
Temos que acordar, todos nós, de todas as categorias profissionais em os aposentados em geral, diante da falta de seriedade do nosso parlamento para com as grandes questões nacionais, para se somar vozes de revolta que precisam e devem chegar aos ouvidos do Congresso brasileiro.
As grandes mudanças, só acontecem, diante de protestos e renovação da classe política, para diminuirmos este abismo existente entre a maioria dos politicos e a sociedade, precisando abraçar, sem qualquer timidez, em definitivo, a luta contra o autoritarismo evidente, na manipulação do dinheiro público.
Carlos Fernando Priess – Advogado/economista – carlos@priess.com.br

A trajetória do herói



Onde quer que nos encontremos, seja numa grande metrópole ou morando numa caverna no meio de uma selva inóspita, viver é passar pelos mesmos estágios, da infância à maturidade sexual, a transformação da dependência para a responsabilidade, o namoro e o casamento, a velhice com a perda gradual da capacidade física, até a morte, estes foram os desígnios de nossos antepassados e certamente serão os nossos.

Na infância, nos identificamos com determinados super-heróis fictícios pelos quais nutrimos simpatia e criamos afinidade por algum motivo particular, e tendemos a sair pela vida procurando alguém que possa encarnar esses nossos heróis, porém, corriqueiramente nos deparamos com verdadeiros heróis encarnados que muitas vezes passam despercebidos, embora sejam elas as pessoas que fazem a diferença em nossas vidas.
Sempre que pergunto às pessoas, quem seriam aquelas que fizeram verdadeiramente diferença na vida delas, invariavelmente obtenho como resposta o nome da mãe, pai, avô, avó, irmão, irmã ou alguma pessoa próxima e querida, que  tiveram interação afetiva e positiva na vida delas, especialmente na infância. Raras vezes ouço o nome de algum ídolo que seja:  cantor, ator, esportista, político, cientista ou de qualquer pessoa famosa.  A bem da verdade, os verdadeiros heróis são as pessoas, de carne e osso que cuidam de nós e que se preocupam conosco, as quais estiveram presentes em nossas vidas nos bons e maus momentos. São os verdadeiros amigos, sejam eles consangüíneos ou não, são aqueles que catalizaram os pontos altos de nossas vidas.  São pessoas, normais, que por méritos próprios tornam-se nossos referenciais de virtude, gracas ao seu bom caráter e valores éticos e morais evidentes.
Eu tenho como heroína a figura da minha mãe, a senhora Ko Tanuma, que conta hoje com noventa e um anos de idade, que é meu exemplo de vida. Ela que tem estatura que não chega a um metro e meio, e peso inferior a 50 quilos, superou a dor da saudade pela distância de todos os seus familiares, quando abandonou a vida modesta e humilde, porém tranqüila, que tinha na cidade de Kiryu-shi, província de Gumma-Ken no Japão, e, aos vinte um ano de idade veio para o Brasil, na condição de imigrante, para casar-se com meu pai aqui no Brasil. Ela superou a dificuldade adaptação com a cultura brasileira que lhe era muito estranha, passando a viver, o restante de sua vida, bem longe do seio da sua família. Ela criou e educou oito filhos, trabalhando duro, sol-a-sol na lavoura, e durante mais de dez anos de sua vida trabalhou como vendedora ambulante, carregando uma sacola em cada mão, indo de porta em porta para vender ovos e verduras superando inclusive a dificuldade de comunicação já que não conhecia bem a língua portuguesa. Viveu durante grande parte da sua vida em casa de madeira, sem piso, sem energia elétrica, sem água encanada, onde no lugar da privada havia um buraco coberto de madeira onde todos nós fazíamos nossas necessidades fisiológicas. Foi agricultora, feirante, costureira, e frequentou e concluiu o  ensino fundamental com quase 70 anos de idade, tendo recebido diploma recolhecido pelo Ministério de Educacão e cultura – MEC. Ela nunca deixou se abater pelas vicissitudes da vida apesar das enormes dificuldades financeiras. Ela me educou com amor e carinho e sempre me incentivou a estudar, embora a vida não lhe tenha oferecido muitas oportunidades para ela própria estudar. Hoje em dia ela ainda zela por um de um de seus netos chamado Renê, que conta com 29 anos de idade,o qual sofreu paralisia cerebral por complicação no parto, e em virtude disso teve como seqüelas, a paraplegia e o retardamento mental.  Minha mãe  e realmente um ser humano fantástico, a quem eu presto minhas homenagens e a quem eu reverenciarei como minha eterna heroína.
O valor do ser humano não pode ser medido pelos seus atributos físicos ou pelos bens materiais acumulados, o dinheiro por si só não faz o herói, mas o bom caráter, a responsabilidade, o exemplo, a capacidade de superação e de fazer a coisa  certa, a capacidade seguir, ouvindo a voz interior, respeitando os próprios valores mais nobres. É a capacidade de continuar lutando quando é mais fácil ceder e entregar os pontos, ou seja, a capacidade de fazer as escolhas certas é que faz o herói. 
Os ídolos são voláteis e estão relacionados aos modismos midiáticos, mas os heróis de verdade tem o condão de deixar para nós um legado eterno na forma de ensinamentos e exemplos de vida. 
Os heróis, com toda sua sabedoria, sensibilidade e coerencia,  são possuidores de um profundo sentimento de estar no caminho certo, mesmo enfrentando as dificuldades da inexperiência, da incerteza em relação ao futuro, das barreiras e dificuldades da vida cotidiana,  elas seguem o chamado da voz interior que os impelem a avançar em busca daquilo em que acreditam, correm atrás dos seus sonhos e estão dispostas a pagar o preco das escolhas; e seguindo esse chamado, observa-se que as portas vão se abrindo, não se sabe como, de onde nem portas existiam. E assim, o poder do propósito passa a prevalecer na vida desses heróis. Tudo envolve um mergulho no âmago do seu próprio, e o faz obter autoconhecimento, como consequência de profundas reflexões. 
Falando de heróis:  conforme escreveu o dramaturgo William Shapeskeare: “O herói é aquele que fez a escolha pela coisa certa, quando a coisa certa é a única coisa que deveria ser feita”.    
Presto minhas homenagens, a todos os pais e mães heróis, que estendo a todos os heróis anonimos que não são dotados de superpoderes, são pessoas comuns, que apesar de suas limitacões humanas, são capazes de fazer a diferenca na vida de alguém, e que, com seus amores incondicionais, sabedoria e comprometimento em prol do bem comum e de nossas futuras gerações, têm sido capazes de tornar a vida das pessoas ao seu redor um pouco melhores, sendo capazes de fazer uma crianca sorrir, e  que deixam como legado, a esperança na possibilidade de se fazer do planeta terra um lugar melhor e mais justo para se viver.
Nelson Tanuma – pós-graduado em Desenvolvimento do Potencial Humano pela PUC. Há mais de 10 anos vem ministrando cursos e palestras pelo CIESP/FIESP, SEBRAE-SP, Fundação Bradesco, UMC, Universidade Corporativa ACMC e organizações diversas,  e tem  artigos publicados periodicamente em 15 veiculos de comunicacão, sendo eles:  jornais, revistas, portais e sites informativos, de várias cidades do Brasil.
OBS: Nelson Tanuma autoriza a publicação deste artigo, desde que seja na íntegra, figure o nome do autor e o site fonte: www.nelsontanuma.com.br

Perda auditiva isola o idoso



A perda auditiva gera no idoso um sério problema de comunicação e pode produzir outros males de ordem emocional. A fonoaudióloga e mestre em gerontologia Elisandra Vilella Sé diz que a pessoa idosa pode tornar-se deprimida e desinteressada pelas atividades que sempre realizou durante a vida quando não consegue ouvir o que as outras pessoas estão dizendo.
Ela alerta que a incapacidade auditiva pode causar, além da depressão, isolamento, frustração, ansiedade e alterações de comportamento, produzindo um grande impacto na vida dos idosos e de seus familiares. Outra consequência é que, às vezes, perdas cognitivas (capacidade de aprender) em funções como memória, linguagem, atenção e concentração, podem estar presentes com a deficiência auditiva.
Elisandra afirma que é comum observar o declínio da audição acompanhado de uma diminuição frustrante na compreensão da fala do idoso, comprometendo sua comunicação com familiares e amigos. Segundo ela, em muitos casos a pessoa idosa não entende parte da conversa ao seu redor e imagina que estejam falando dela, gerando atritos e desconfianças.
A especialista destaca que muitas vezes as pessoas com perda auditiva com o avançar da idade podem fingir estar escutando o que os outros estão falando, quando na verdade não estão. “É muito frequente o familiar descrever o idoso com perda auditiva como confuso, desorientado, distraído, não comunicativo, não colaborador e zangado”, explica.
É nestas horas que entra o papel da família. “É importante que os familiares conheçam as características da deficiência sensorial e suas implicações sociais e cognitivas na vida das pessoas idosas, porque a perda auditiva pode passar despercebida, uma vez que os idosos não se queixam de forma fidedigna”, observa a fonoaudióloga.

Para Elisandra Vilella, é muito importante trazer o idoso de volta ao mundo da comunicação verbal, tirando-o do isolamento imposto pela perda auditiva. Ela destaca que um programa de reabilitação auditiva é importante para auxiliar o idoso a identificar e tratar o problema, o que contribuirá para uma boa qualidade de vida e seu bem-estar físico, mental e social.
Extraído de:  http://www.moginews.com.br/materias/?ided=1080&idedito=83&idmat=82867

Muitos idosos precisam de prótese dentária



Uma importante notícia publicada nos meios de comunicação na última semana do ano de 2010 traz números importantes: uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde revelou que mais de três milhões de idosos brasileiros precisam de próteses dentárias totais ou parciais, ou seja, mais de três milhões de idosos não podem sorrir como gostariam.
Por outro lado, a pesquisa aponta uma diminuição da incidência de cáries dentre as crianças de até 12 anos. Esta discrepância pode revelar uma anterior falta de assistência odontológica, que afeta atualmente os maiores de 65 anos.
O cuidado com a saúde bucal e o uso de próteses parece ser área de atenção exclusiva dos odontólogos, mas é importante pensar em alguns aspectos que dizem respeito à psicologia.
Algumas pessoas, em especial idosas, se recusam a ir ao dentista por um motivo que pode parecer banal, porém é muito sério: o medo de dentista. Ao contrário do que podem se pensar, este medo não é exclusivo das crianças e acaba por impedir que o idoso previna problemas bucais e cure os já instalados. O idoso deve deixar o medo de lado e ir ao idoso regularmente. Nos casos em que não é mais possível recuperar os dentes, as saídas são mesmo as próteses (mais acessíveis financeiramente) e os implantes (cujos preços ainda são mais elevados). Nos casos em que o medo de dentista realmente atinge proporções patológicas, é importante procurar ajuda psicológica. Lembre-se que não ir ao dentista pode livrar o paciente da dor ocasionada pela realização de alguns procedimentos, mas pode expô-lo às temíveis dores de dentes.
As próteses podem melhorar significativamente a qualidade de vida do idoso. Poder sorrir sem constrangimentos pode garantir ao idoso maior participação na vida familiar e social. Um idoso que não tem dentes, ou cujos dentes não estão em ordem, normalmente terá baixa autoestima e dificuldades em se relacionar com outras pessoas, pois uma boca apresentável funciona como uma espécie de cartão de visitas da pessoa.
Pode-se perceber que o idoso que usa prótese tem uma melhor autoestima, porém se preocupa em nunca aparecer publicamente sem os dentes. Desta forma, situações nas quais ele precisa retirar a prótese (como consultas ao dentista, cirurgias, dentre outras situações) podem ser tão constrangedoras para ele quanto se despir perto de outras pessoas. Nos casos em que é necessário que o idoso retire sua prótese na presença de um profissional de saúde ou cuidador, é necessário que este aja com naturalidade, sempre que possível permitindo que o idoso fique sem a prótese o mínimo de tempo possível, na presença de um menor número de pessoas e que o próprio idoso seja responsável pela higienização da prótese.
Vale a pena ressaltar que ficar sem os dentes ou utilizar uma prótese inapropriada pode trazer problemas de mastigação, na deglutição ou na fala do idoso, ou seja, é um problema muito mais amplo do que se pode imaginar!
Importante que o Ministério da Saúde consiga melhorar estes números nas pesquisas futuras! Além de disponibilizar próteses dentárias aos idosos, é importante pensar em programas de prevenção primária e secundária na saúde bucal das pessoas adultas, de meia idade e idosas, como já tem acontecido com as crianças e adolescente. O Brasil é um país em processo de envelhecimento populacional e é muito importante que nossos idosos possam sorrir! Ter um sorriso bonito é muito mais que vaidade!
Fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/saude/conteudo.asp?ID=100000383366